Sentindo
que o tempo
resvala no vento
por mim adentro
e procura roubar
a arte que tenho
bem concreta
bem sentida
de amar a vida,
mesmo que tida
por curto momento
de primavera.
Sabendo que o fim
começa afinal
a dar sinal
de que tudo em mim
terá também
o destino de ser
desfeito em nada.
Vendo enfim,
que mesmo as estrelas
acabam não sendo,
quero ficar
senhor do momento
da minha viagem,
pois tenho p'ra mim
a derradeira solução...
aqui bem guardada
na palma da minha mão.
(Azor)
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